A balança comercial de autopeças atingiu déficit de US$ 4,5 bilhões no acumulado até agosto, valor 22,4% mais alto que o registrado no mesmo período de 2017. As exportações totalizaram US$ 5,2 bilhões e cresceram 9,3%, mas ficaram muito abaixo das importações (US$ 9,7 bilhões e alta de 15%), puxadas pelo crescimento da produção nacional de veículos. Os números foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que reúne os fabricantes de componentes.
Chama a atenção na análise de agosto a retração de 14,8% nas exportações para a Argentina na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano os embarques ao país vizinho cresceram apenas 3,7%, somando US$ 1,5 bilhão. A Argentina é o principal parceiro do Brasil e certamente vai aprofundar o déficit da balança de autopeças.
Para outros importantes mercados, os embarques acumulam alta. De janeiro a agosto o Brasil enviou US$ 929,6 milhões aos Estados Unidos (acréscimo de 17,7%), US$ 614,9 milhões ao México (aumento 46,2%) e US$ 365,1 à Alemanha (crescimento de 16,6%).
No caminho oposto, a China permanece como o maior provedor de autopeças para o Brasil. Forneceu US$ 1,24 bilhão no acumulado dos oito meses, 24,8% a mais na comparação interanual. Sozinha ela responde por quase 13% de tudo o que o Brasil importa em autopeças.
A Alemanha se mantém firme na segunda posição, com US$ 1,16 milhão em itens fornecidos, 33% a mais que no mesmo período de 2017. Dos 20 maiores fornecedores de autopeças ao Brasil, somente três países registraram queda no acumulado do ano: Coreia do Sul (-11,3%), França (-25,2%) e República Tcheca (-5,4%).
Fonte: A. Business