Este era o valor que o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) havia projetado para o ano inteiro de 2017.
O déficit resulta da importação de US$ 10,7 bilhões em autopeças, ante US$ 6,2 bilhões enviados ao exterior. De acordo com nova estimativa dos fabricantes do setor, até o fim do ano o déficit crescerá para US$ 5,4 bilhões, superando em 2,7% o resultado atingido em 2016.
É preciso lembrar que o Brasil importou mais autopeças que o esperado por causa do aumento de 27% na produção automotiva, decorrente do crescimento em exportações (53,3%) e nas vendas ao mercado interno (9,8%).
A China já havia se tornado no acumulado até agosto o maior fornecedor de autopeças para o Brasil, superando os Estados Unidos, e ampliou essa vantagem de lá para cá. No acumulado até outubro o país asiático enviou US$ 1,29 bilhão em componentes, antes US$ 1,24 bilhão dos Estados Unidos. Também cresceram de maneira significativa este ano as compras da Coreia do Sul (US$ 981,7 milhões no acumulado, alta de 9,2%) e do México (US$ 964,9 milhões, acréscimo de 9%).
No caminho oposto, a Argentina permanece como principal destino e o Brasil enviou até outubro US$ 1,9 bilhão em componentes, 24,2% a mais que nos mesmos dez meses do ano passado como consequência do crescimento do mercado vizinho.
Dos 20 principais destinos das autopeças brasileiras, apenas três compraram menos no acumulado do ano que nos mesmos meses de 2016.
Fonte: Automotive business.