A melhora do indicador no comparativo anual foi influenciada, principalmente, pela queda na percepção de estoques excessivos.
Índice de Março
Em março, o Índice de Estoques (IE) do varejo na cidade de São Paulo ficou praticamente estável (-0,2%) ao passar de 113,5 pontos em fevereiro para 113,3 pontos no mês atual. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador teve alta de 14,5%.
Os dados são levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e captam a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, variando de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a melhora do indicador no comparativo anual foi influenciada, principalmente, pela forte queda na percepção de estoques excessivos, acelerada após o Natal e liquidações de início de ano. A estabilidade registrada em março não indica que o ajuste no volume de mercadorias estocadas tenha sido interrompido, muito pelo contrário, ele deve prosseguir pelos próximos meses, em decorrência das vendas do varejo, que seguem crescendo ao ritmo de 3% a 4% na comparação interanual.
Em março, a parcela de empresários que consideram seus estoques adequados é de 56,4%, contra uma média histórica pré-crise de 60%, queda de 0,1 ponto porcentual (p.p.) em relação a fevereiro, mas uma alta de 7,1 p.p. no comparativo anual.
Adicionalmente, 29,5% dos empresários declararam ter estoques excessivos (alta mensal de 1,3 p.p.), enquanto 13,6% assinalaram ter a percepção de estoques inadequados abaixo (queda mensal de 1,2 p.p.).
Comparação com Janeiro
Os dados de vendas de janeiro mostram que a tendência de crescimento continua, mas é sempre importante ter cautela nas análises, principalmente quando há momentos como o atual, de uma “parada técnica” na melhoria, explica a FecomercioSP. Por enquanto, os indicadores de vendas, confiança, produção, setor externo e emprego levam à expectativa por dias melhores e, portanto, um aprofundamento do ajuste de estoques, que, apesar de estar em padrões muito melhores do que no ano passado, ainda devem evoluir até a metade do ano, finaliza a Entidade.
Fonte: Fecomercio.