A Toyota confirmou que vai fabricar no Brasil o Prius. O modelo será o primeiro carro do mundo a usar tecnologia híbrida que combina um motor elétrico e outro flex. A fabricante apontou que o modelo deve chegar ao mercado no fim de 2019 e evitou detalhar em qual fábrica a produção acontecerá, apontando que esta definição “ainda está em estudo”.
A Toyota também não especificou qual será o investimento para nacionalizar o carro com a nova motorização. Atualmente a empresa tem em curso pacote de R$ 1 bilhão em sua estrutura fabril em Indaiatuba (SP), onde é produzido o Corolla. A próxima geração do sedã, já lançada no exterior com previsão de fabricação local em 2019, é montada sobre a plataforma Toyota New Global Architecture (TNGA), a mesma do Prius, o que torna a concentração dos dois modelos na planta de Indaiatuba uma opção bastante razoável. Também é provável que, no futuro, o Corolla receba uma motorização híbrida, aproveitando a flexibilidade da arquitetura modular.
O Prius brasileiro, equipado com propulsor flex, é uma promessa antiga da companhia, que fala sobre a nacionalização do modelo pelo menos desde 2012. Naquela época, no entanto, a organização dizia que só iria em frente com o plano caso houvesse perspectiva de crescimento da demanda local pela tecnologia.
PROJETO AVANÇA COM UM GRANDE EMPURRÃO DO ROTA 2030
Antes mesmo do interesse do consumidor se consolidar, o projeto da Toyota teve outro empurrão: o Rota 2030, que acaba de ser sancionado. Uma das emendas do programa dá desconto de generosos três pontos porcentuais no IPI de carros híbridos com motor flexível. A medida visava beneficiar os produtores de etanol, mas caiu como uma luva para os planos da companhia japonesa. Com o incentivo, no lugar dos atuais 12% da alíquota cobrada do Prius que combina motor elétrico e a gasolina, o modelo deve passar a recolher apenas 9% na configuração híbrida bicombustível.
A Toyota testa um protótipo do Prius flex desde março deste ano. O desenvolvimento do modelo conta com o apoio da “Única” e de universidades como “USP” e “UNB”. Segundo a montadora, os resultados até aqui indicam que a tecnologia é bastante promissora, apresentando o que a empresa diz ser um alto potencial de compensação de CO2 quando considerado o ciclo completo de produção do combustível, consumo do carro e emissões.
Fonte: Automotive business