Já enfrentam prejuízos as vendas de bens não duráveis como alimentos, remédios e gasolina
As paralisações dos caminhoneiros em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis estão gerando um verdadeiro colapso para empresários e consumidores. Com a crise, o setor de abastecimento já está em dificuldades para atender à demanda da população, que, assustada com as notícias, corre para os principais pontos de venda a fim de garantir o seu estoque.
Segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o reflexo para o varejo na cidade de São Paulo pode acarretar perdas de vendas de até R$ 570 milhões por dia. No cenário estadual, o prejuízo pode diário pode atingir R$ 1,8 bilhão e no nacional, R$ 5,4 bilhões.
De acordo com a Entidade, o prejuízo nas vendas dos bens não duráveis como alimentos, remédios e gasolina pode ser visto como um primeiro alarme. No entanto, se essa crise persistir, o problema pode se estender para as vendas de bens duráveis como veículos, eletrodomésticos e materiais de construção, gerando uma crise geral para o setor.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) chama atenção para o momento econômico difícil que o país atravessa, após três anos de recessão, resultando em mais de 13 milhões de desempregados, não sendo mais admissíveis paralisações que tragam custos às empresas ou dificuldades de deslocamento de trabalhadores.
No caso específico do setor do comércio, o faturamento diário na capital paulista é de cerca de R$ 500 milhões; no Estado é de R$ 1,6 bilhão; e no País de mais de R$ 5 bilhões. Esse é o tamanho da movimentação econômica – apenas no comércio – comprometida pelos impactos negativos causados por esse tipo de manifestação, gerando ainda mais preocupação e insegurança com relação à geração de renda e empregos, por meio do desenvolvimento econômico.
Fonte: Fecomercio.