Indústrias do setor iniciam o ano com déficit superior a US$ 1 bilhão.
As exportações de autopeças atingiram US$ 1,2 bilhão no primeiro bimestre e avançaram 30,4% sobre igual período do ano passado, mas não foram suficientes para impedir a manutenção do déficit na balança comercial do setor. As importações somaram em janeiro e fevereiro US$ 2,2 bilhões, avançando 13,4% na comparação interanual. Sendo assim, as indústrias do setor iniciam o ano com déficit superior a US$ 1 bilhão. Os números foram divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
A China lidera desde agosto de 2017 o ranking dos maiores fornecedores de autopeças para o Brasil. Nestes dois primeiros meses já enviou US$ 303,4 milhões em componentes e cresceu 27,3% sobre o mesmo período de 2017.
A surpresa neste início de ano está na Alemanha, que ultrapassou os Estados Unidos. Vendeu US$ 258,2 milhões em itens para o Brasil e cresceu 34,4% no confronto interanual. Os US$ 237,1 milhões enviados pelos Estados Unidos resultaram em queda de 18,4% ante o mesmo período do ano passado.
A Argentina permanece como o principal destino das autopeças brasileiras e absorveu US$ 368,4 milhões em componentes, 34,1% a mais que nos mesmos meses de 2017. Os Estados Unidos mantiveram o segundo lugar entre os países compradores, com US$ 230,8 milhões, anotando alta de 33,4%.
O México manteve o terceiro posto, mas a Alemanha subiu uma posição. Superou a Holanda e tornou-se o quarto maior destino das autopeças brasileiras. Para a Alemanha foram enviados no primeiro bimestre US$ 88,3 milhões, 54,7% a mais que no primeiro bimestre de 2017.
Fonte: Automotive Business